quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pedras







Amo as pedras.
Suas texturas....
Tecidos tão antigos.
Tramas tão fechadas,
confeccionadas por milhares de mãos: verões, invernos, ventos, chuvas, granizos, luares...
Algumas são rústicas, lascadas, verdadeiras armas.
outras, porém, macias, lisas, redondas...que se acomodam perfeitamente nas palmas das mãos, sobre os olhos, entre os seios no chakra do coração!


Pedras verdes e rosas abrem o canal
para o amor desimpedido, incondicional.
Quebranta a dureza da alma.
O antídoto: pedra para curar um coração de pedra!


Pedras quentes sob ou sobre as costas,
terapia tão antiga quanto a humanidade que,
inconscientemente, praticava todos os dias no final da tarde
para despedir-me do sol e dar boas vindas à lua.
Esparramada sobre a imensa pedra cujo nome
revela seu formato: Pedra da Cebola.



Enquanto a Gabi cantarolava, correndo:
"Pedra da cebola, ahh que parque bom!...",
uma canção só nossa como tantas outras.



Não sei se pela sua voz de serenidade
ou pelo acolhimento das velhas pedras,
quentes como colo de avó,
expostas à quentura da vida/do dia.
Acredito que ambos.
Saía de lá refeita...
com menos pedras pelo caminho...

Há quem não goste das pedras.
Há quem delas reclame e se desvie.
Mas há quem faz delas sua cura,
seu caminho favorito.
Este é o meu caso.